Os refrigerantes, de uma forma geral, são feitos de água, açúcar, conservantes e fórmula química do sabor – que costuma ser um segredo e varia de bebida para bebida. Ah, e também tem um gás, o gás carbônico (CO2), que é a chave de todo o processo.
Primeiro de tudo, o gás sempre fica na superfície do líquido por causa da diferença de densidade gás-líquido. Na fábrica da Coca Cola (não, ela não fica no Pólo Norte) esse gás foi bombeado a alta pressão com o objetivo de aumentar a solubilidade do gás no líquido. A Coca Cola é, então, uma solução supersaturada de gás carbônico.
As moléculas de água na superfície se atraem fortemente, formando o que se chama de tensão superficial. Essas forças fazem com que as moléculas de gás carbônico fiquem cercadas de inúmeras moléculas de água, impedindo, assim, a formação de bolhas de gás dentro do líquido. A reação que ocorre é a seguinte:
CO2(g) + H2O(l) <=> H2CO3(l) (∆H < 0)Quando jogamos um Mentos na garrafa de Coca-Cola, a gelatina e a goma arábica da bala se dissolvem, quebrando a tensão superficial (dissipam energia para o sistema). O esquema do desenho é quebrado e as bolhas começam a se formar.
O Mentos, por sua vez, é uma bala extremamente porosa com milhares de buraquinhos na sua superfície – lugares ideias para as bolhas de gás carbônico se formarem. A bala quando cai na água, vai direto para o fundo, liberando mais e mais gás do refrigerante.
O gás é liberado em alta pressão, em milhares de bolhas e sem resistência por parte do líquido. Aí já sabe…